abril 12, 2011

Globalização do terror?

Incontestável prova de covardia e crueldade humana, a matança, na própria sala de aula dos indefesos estudantes, no Realengo (RJ). Mais uma notícia lamentável exportada pelo Brasil para o mundo. E um fato também importado de outros países, afinal tem se tornado cada vez mais comum este quilate de ataque violento a instituições públicas e privadas, propagando a prática funesta de crimes em série. Não basta matar um, é preciso matar aos punhados, com estilo e requinte de crueldades (existe afinal o ato de matar sem requinte de crueldades?). Sim, os assassinos têm motivação, embora absurdas e obscuras. Há os que se revelam e os que ainda não se revelaram, sanguinários. Há muitos que estão “se preparando” para o ato brutal, planejando hora, lugar, quem serão as vítimas de suas investidas horrendas, programando o terror contra a paz e a vida. Atenção: o algoz é alguém insuspeito! A vítima, qualquer um de nós! Hora, o lugar, não há como prever! É possível PREVENIR. Carregamos, desde crianças, o hábito inconveniente (inadequado para os nossos dias) de pensar que “estas coisas” não acontecem no Brasil. Nosso país é abençoado por deus, e bonito por natureza. Somos uma terra inatingível pelas catástrofes naturais e um povo, pelas catástrofes sociais. Ledo engano. O terror também foi globalizado. O tsunami que abateu o Japão atingiu o bairro da Liberdade, em São Paulo, e a economia mundial foi abalada na base. O terror e o tsunami são faces de uma mesma moeda: os efeitos de uma política civilizatória que necessita urgentemente de ser revista, revisada, reinventada, sob pena de fazer sucumbir a todos nós.