dezembro 28, 2011

2012: Bom fim do mundo pra você!

Encontrei em meu caderno de anotações, a seguinte frase: “Os melhores médicos do mundo são: Doutor Sono, Doutora Dieta e Doutor Sorriso”. Com certeza foi de alguém sensato, que soube resumir, com simplicidade, o que pode nos trazer grandes benefícios, em qualquer fase de nossa vida. Tem muita gente que já se esqueceu desta prática tão primária e essencial que é dormir, e dormir bem. Tem gente que, pelo fato de ter esquecido, desesperadamente busca resgatar o sono perdido com tratamentos clínicos. Sabe-se que a insônia é um dos males cotidianos de milhões no mundo todo! Felizes daqueles que, apesar de tudo, ainda se deitam e dormem um sono comum, sem auxílio de remédios ou terapias. Bem aventurados os que dormem cedo, posto que deles é o reino dos sonhos. Nada, absolutamente nada, substitui uma boa noite de sono, para repor a energia física e mental. Quem dorme bem, vive melhor. Bastante questionável hoje em dia é também a comida. Saco vazio não fica em pé. A gente tem que comer. Pouco ou muito? Existem povos que lutam contra a obesidade, outros lutam contra a desnutrição e a fome. Tem gente que luta para ensinar a comer direito. O fato é que não sabemos comer nem distinguir o que é mais importante numa dieta, numa reeducação alimentar. Acho eu que dieta não é um meio de perda de peso, somente. Dieta boa é aquela que você consegue deixar de comer o que não precisa comer. É cortar os excessos ou o que é desnecessário. Fazer dieta é também ter a liberdade de escolher o que é melhor para o seu corpo. Sem a imposição da propaganda enganosa. Saber controlar o que você bota pra dentro de si. Quando a gente descobre o que realmente é bom para o nosso corpo, o corpo que conduz a alma agradece, e ambos ficam satisfeitos! Fumar, por exemplo, é muito ruim. Mas, é bom também. Então, fume cigarro de alface. Beber é péssimo, mas é gostoso também. Então, cara, beba e não pegue no volante, não queira fazer amor com sua garota, nem tente se aproximar de uma criança. Beba, apenas. E o que dizer do efeito “sorriso” na nossa vida? Ah, sorrir é um remédio para muitos males, quiçá para todos os males ditos irremediáveis! Rir de si mesmo, por exemplo, é um exercício muito interessante. Rir das nossas atrapalhadas, das nossas burrices, deslizes, garfes e babaquices. Rir sozinha. Eu faço isto. Prefiro sorrir que chorar, mas chorar de tanto rir também é uma delícia. O riso é o choro ao contrário, mas um e outro se completam. Sorrir e chorar se suportam e se toleram. Sem preconceito um com o outro. Rir com os outros também é revolucionário. Um brinde aos humoristas e comediantes que se especializaram em fazer aos outros sorrirem. Comer, dormir e sorrir – eis a essência de uma vida simples e feliz. Para um novo ano, é um bom começo. Que o mundo complicado e chato se acabe logo!

dezembro 24, 2011

Imagine um Natal assim...

Dia muito especial. Só hoje vou imaginar que voltei a ser criança e acreditar que tudo pode ser diferente. Só hoje vou imaginar que os moradores de rua voltaram a morar fora das ruas e reencontraram os amores perdidos. Migrantes e andarilhos descansaram seus pés ao chegar num destino qualquer, interrompendo a viagem sem fim. Que ao pedinte foi dado um prato de comida, e ao velho abrigado, um cobertor para aquecer sua solidão noturna. Ao dependente químico, uma porta aberta à esperança e à verdadeira química chamada alegria. Imaginar que todas as idas tiveram um regresso. Todas as faltas, um complemento. E todos os fins, um novo começo. Se hoje é um dia especial, então quero esbanjar imaginação, e sonhar tudo o que tenho direito! Imaginar que a humanidade que há em nós, despertou, e disse “não” às desumanidades. “Não” às guerras entre os povos, “não” à destruição do planeta, “não” ao racismo e a todas as formas de discriminação, “não”! “Não” à tortura, ao cárcere e às privações em geral. Porque não, dizer “não” ao abandono, às separações, às indiferenças e violências?! Permita-me mergulhar neste mundo mágico das crianças e do natal e imaginar, só hoje, que nenhum pequenino ficou sem receber um brinquedo ou um abraço caloroso. Que nenhuma árvore foi derrubada e nenhuma flor despedaçada. Que milhões de sementes, ao contrário, tenham sido replantadas e que a chuva, suavemente, tenha regado a todas. Que cada ser, cada coração, cada uma das mãos, cada criação Divina seja venerada, e sobre tudo, todos e todas seja derramado este Amor, na sua mais sublime expressão, e que seja assim para sempre.Para sempre. Tudo é para sempre na imaginação pura de uma criança num dia de Natal.

dezembro 21, 2011

Feliz Natal!

É difícil fugir a esta praxe. Final de ano a pressão é grande! A gente tem que rabiscar, com capricho, algumas palavras que possam imprimir certo sentido a estes dois momentos que marcam os últimos dias do ano: Natal e Ano Novo. Meus pais, ainda vivos, completaram 60 anos de casamento, em 2011. Ambos octogenários e lúcidos. Somos nove filhos. Sete mulheres e dois homens. Ainda vivos. Meio lúcidos e meio confusos, mas ainda assim, uma família. Tem ainda os netos e os bisnetos. Natal só é perfeito quando nos reunimos, mesmo faltando um ou outro, por motivo de força maior. Aquele ou aquela que não participa da confraternização, por vezes, é o ausente mais presente, ao qual envidamos pensamentos e saudades. Para a minha história de vida, Natal significa encontros e reencontros. Nunca desencontros, mesmo quando algum de nós não está. Quero tornar pública a nossa tradição de armar e enfeitar a árvore de natal, desde o casamento de meus pais até os nossos dias. E que também, produzimos artesanalmente, nossa ceia: minha mãe faz os canudinhos (rabo-de-tatu) e os panetones com massa caseira. Brindamos, ainda, na véspera e trocamos presentes, sob a luz do pisca-pisca. Perdoem-nos se estamos “fora de época”, se somos “cafonas”, “caretas” ou, simplesmente, “família”. Ao longo destes 60 anos, meus pais, muito gradativamente, cederam aos filhos mais velhos, as horas posteriores à meia-noite do primeiro dia do Ano Novo. Tanto tempo passado, os netos e bisnetos conseguem já se habituarem à ideia de sair pra “curtir” o novo ano, com amigos e colegas de escola, mas, a nós, os nove filhos nos acostumar a essa ideia foi bem mais lento. Tanto que, sair de casa para festejar o ano que acaba de nascer, é reservado para os irmãos mais velhos e mais independentes. Para minha história de vida, o último dia do ano, quer dizer: superação e esperança. Superação de todos os problemas do ano anterior e esperança de que todos serão resolvidos no ano que está nascendo. Sou mística e esotérica. Visto a cor recomendada pela numerologia, astrologia, pais e mães de santo. Rezo. Um pai-nosso. E uma Ave-Maria. Com fervor. Cruzo os dedos na contagem regressiva. Choro com os fogos de artifício. Talvez, tenha privilégios. Talvez. Que fique evidente, no entanto, que aprendi ao longo dos anos de natal em família que existem milhões de outras famílias como a minha e outros milhões diferentes da minha. Natal é aprender a lição do altruísmo, em detrimento do egoísmo. Somos milhares de famílias juntas, no mesmo barco flutuante, navegando rumo ao desconhecido. Desgovernado ou afundando, lento ou rápido demais, o barco da vida nos leva ao OUTRO. O OUTRO é nossa meta, para que o desconhecido seja promovido a conhecido, e assim, navegaremos juntos. É o meu desejo. Que, mesmo diferentes e antagônicos possamos navegar juntos, “on e off-line”, em 2012!

dezembro 08, 2011

Invisíveis a Olhos Nus

“... as alegrias serão de todos, é só querer, todos os nossos sonhos serão verdade, o futuro já começou, hoje a festa é minha, é nossa, é de quem quiser, quer vier...” Quem de nós não ouviu, aprendeu e cantou estes versos durante boa parte de nossas vidas, atrelados que éramos (e ainda somos) às emoções transmitidas pela telinha da sala de estar? Dava um friozinho no estômago, os olhos lacrimejavam e o coração acelerava quando todas as celebridades do ano surgiam sorridentes sob os holofotes, cantarolando, em uníssono, esta inesquecível canção que, entre outras coisas, anunciava “já é natal”! Recordo-me que mamãe não autorizava a ceia senão com este fundo musical, logo após a troca de presentes e afetuosos abraços entre todos da família. Tive um vizinho que gravou a musiquinha com um gravador de mão e reproduziu a fita-cassete na noite de Natal, por mais de uma vez. Talvez, os meninos e meninas de hoje não dêem tanta importância quanto eu e você dávamos. Afinal, nossos ídolos não são os mesmos e as aparências enganam. E se fosse Luan cantando à capela? E se Neymar fizesse malabarismos com a bola, mesmo que por breves segundos? E se o Restart se vestisse todo de branco? Nossos filhos e netos iriam ou não vibrar, como nós, todas as vezes que a vinheta se estampasse na telona? Apenas suposições de uma saudosa telespectadora que continuou a esperar com ansiedade a próxima produção. Neste ano, acredito que muitos artistas globais não gostaram do que não viram e muitos fãs não gostaram do que viram e não viram o que gostavam. Artistas declarem ou não, admitam ou não, precisam “aparecer”. Talvez seja o ofício que mais reclame o som dos cliques e as luzes dos flashes, bem como os tuites. E, convenhamos: a tão esperada vinheta de final de ano da emissora é marketing pro resto da vida de um artista! Há quem defenda que a uma aparição-relâmpago é preferível nem aparecer, pra não “pagar mico”. E que o momento da vinheta-show, não comporta sutileza. A sutileza neste caso é inadequada, para não dizer, inconveniente. É preciso crer que o fato de “não aparecer” ou “ficar invisível a olho nu”, não é problema para quem tem talento, pois talento suplanta qualquer indiferença ou ingratidão. Fã que é fã não vai se chatear só com esta “falhazinha nossa”. Foi trabalhoso identificar e congelar a imagem de nossos ídolos no YouTube? Foi. Mas valeu a pena, porque agora com a internet nós podemos adorá-los e reverenciá-los quantas horas quisermos! É isso: fã quer “ver”. Vivemos numa sociedade midiática. Ou numa ditadura midiática? Fã quer ver o corte e o penteado, bem como a cor do cabelo do seu ídolo, a maquiagem, se está bem vestido e se a roupa é feia ou bonita, simples ou sofisticada - estas coisas tolas e autênticas de todo fã que se preze. Apois, micada a tietagem nesta vinheta-show, ficamos, nós, uma legião de fãs apartados dos nossos ídolos televisivos, excluídos da #vinheta2011daglobo, na expectativa, do Carnaval. Quem sabe a gente se vê na globo...

novembro 25, 2011

Meus 140 caracteres por segundos...

Quando não escrevo textos mais ou menos aproveitáveis e sérios, fico tuitando no @DoCidinha coisas como: - Bolsonaro merece sapatão na cara! - Braga fará bronzeamento artificial para chegar a Oprahió •Melhor música do twitter 2011: “E o pintinho piu, o pintinho piu, o pintinho piu, piu, piu...” •Ajude-me: estou arriada os 4 pneus por um ladrão de estepe! •“99”, braço direito de Nem foi preso: cadê os 1%? •Especialista em segurança ensina na tevê como ser assaltado sem traumas. Seja vítima numa nice... •Internet: a pior e mais potente droga do nosso tempo. •Penso, logo resisto. E depois, desisto. •Para Rafinha Bastos: vc não vale nada, mas eu gosto de você •Agora é sonho de consumo: morar de frente pro mar na Rocinha Pacificada •Problema maior do Occupy Wall Street: eles sabem de onde vêm, mas não sabem pra onde vão •A mais velha profissão com a letra “p”? Papai Noel. •Dia tranqüilo, nenhuma ocupação agendada para hoje. •Casal transou algemado em carro de polícia: um típico caso de almagemadas

novembro 21, 2011

Domingo passado em branco

Esperei ver muitas publicações na tevê e internet sobre o Dia Nacional da Consciência Negra, mas me frustrei, embora algumas emissoras públicas tenham destacado a “semana da consciência negra” com um ou outro documentário, um ou outro debate. Vale lembrar que, em Salvador, aconteceu o Encontro Ibero Americano de Alto Nível em Comemoração ao Ano Internacional dos Afrodescendentes – Afro XXI, porém com cobertura tímida da grande mídia. Na ocasião, a presidenta Dilma teria declarado que “a pobreza no Brasil tem face negra e feminina”- noutra postagem voltarei a este tema que também muito nos interessa. Domingo é um dia que não tem fim, ele começa, vai se estendendo, arrasta-se à tarde, chega à noite e continua. Na noite do último domingo, 20 de Novembro de 2011, sem sono e cansada de esperar pelas reportagens, coberturas especiais, filmes, programas, debates atualizados, sobre as conquistas, sobre a história - a nossa história! - a história da população negra brasileira, resolvi ler o Estatuto da Igualdade Racial. Ler e entender porque foi necessário instituí-lo, para que e para quem serve a Lei Nº 12.288/10. Primeira surpresa: este Estatuto, resultado de longos anos de tramitação na Câmara dos Deputados e que só foi sancionado pelo então presidente Lula, pode ser considerado como a 2ª Lei Áurea. Pasmem! Durante 122 anos, brasileiros e brasileiras sobreviveram de uma lei assinada pela então Princesa Isabel, aquela que libertou os negros da Escravatura. O Estatuto destina-se a “garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica” (Art. 1º). Pergunto a você: existe ou não desigualdade e preconceito racial na nossa sociedade? Fui agente censitária em 2010 e um fato me chamou muito a atenção: quando perguntava “Sua Cor ou Raça é”, na maioria das vezes percebi o quanto esta questão causava reações, que iam do constrangimento à euforia nervosa, sempre passando por certa inquietação. “Vixe, até isto você quer saber?”, ou “Pode pular esta pergunta, não quero responder?”, ou “Eu acho que minha cor é... você não acha?”. Era fácil responder que o domicílio tinha um ou dois (ou nenhum) banheiro ou que ali moravam tantas pessoas, mas quando se deparavam com a questão da “auto-identificação” tudo ficava mais difícil, chato ou incômodo! Fomos treinados para preencher corretamente os formulários e, na dúvida, podíamos tentar ajudar os entrevistados nas suas dificuldades. MENOS nesta questão, em que ele deveria responder independentemente. Acredito que a formulação em si da pergunta, já resolvia muitas dúvidas. “A Sua Cor ou Raça é” NÃO EQUIVALE a “Você é”. Ninguém “é” a sua cor, nem sua raça. Eu “não sou” branca, minha cor é branca. Ou será “parda”, afinal a cor do meu pai é preta e a de minha mãe é branca, e eu tenho a cor “misturada” de ambos? População negra é o “conjunto de pessoas que se autodeclaram pretas e pardas, ou adotam autodefinição análoga, conforme quesito cor ou raça usado pelo IBGE” (Art. 1º, § único, IV). A leitura do Estatuto da Igualdade, o seu conhecimento e a sua implementação é quesito obrigatório para um país que pretende construir, e não pode prescindir de uma democracia racial. Meu domingo, afinal não passou em branco.

novembro 11, 2011

Brasil não vive mais sem suas ONG's

Em 2001, inventamos eu e Jorge, amigos há muitos anos que éramos de criar uma Organização Não-Governamental (ONG), para dar projeção a uma idéia que surgiu numa conversa que tivemos num belo dia de sábado, no Programa Projeto Especial, da Jacobina FM: a de instalação de um novo e mais moderno campus em Jacobina, para transformá-la numa cidade universitária, a exemplo de Ouro Preto (MG) e Passo Fundo (RS). O projeto foi considerado por muitos, utópico e nós, visionários. O fato é que chegamos a receber a doação de uma área de 10 mil metros quadrados para a construção de um pavilhão de salas de aula, embora, sem recursos e desacreditados, somente o alicerce da obra chegou a ser concretizado. Quem viveu este momento, poderá se lembrar de que mobilizamos a opinião pública e instituímos a ONG Jacobina, que reuniu em torno de si, pessoas influentes da nossa comunidade e de outros municípios, com apoio inclusive de alguns políticos eminentes da época. Em que ponto desta intensa e breve história, a ONG Jacobina enguiçou? Passados 10 anos, criei coragem para reabrir este debate, tomando por base esta experiência pessoal de criação de uma ONG, para tecer algumas considerações sobre o que hoje voltou à discussão: a tumultuada, polêmica e complicada relação entre as entidades civis constituídas e suas fontes de recursos. Naqueles dias de criação da ONG Jacobina, levei em conta dados publicados de 1993, segundo os quais, 75% dos recursos financeiros que eram repassados para as 121 ONGs brasileiras pesquisadas provinham de outras entidades não-governamentais de cooperação e apoio internacional. Órgãos brasileiros de governo representavam pouco de mais de 3% destes recursos. Recursos estes que poderiam dar sustentação e ajudar a desenvolver as atividades destas organizações que, no final das contas, prestavam serviços relevantes e de interesse público. A diferença entre o antes e o depois é que havia um abismo entre a entre a sociedade civil organizada e o acesso aos recursos governamentais. Hoje, a maioria depende destes recursos para sobreviver. Estudo do IBGE mostra que, em 2005, existiam 338 mil Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos no Brasil, sendo que 35,2% atuavam na defesa dos direitos e interesses dos cidadãos, 24,8% eram instituições religiosas e 7,2% desenvolviam ações de saúde e educação e pesquisa. Em 2010, das 232,5 bilhões de transferências voluntárias do governo federal, 5,4 bilhões destinaram-se a entidades sem fins lucrativos de todos os tipos, incluídos partidos políticos, fundações de universidades e o Instituto Butantã, por exemplo. Foram 100 mil entidades beneficiadas, 96% delas por transferências de menos de 100 mil reais, segundo a Transparência Brasil (www.abong.org.br). Difícil dimensionar e qualificar com números, percentagens e estatísticas o papel essencial deste exército de entes sociais voltado para o trabalho do bem comum, na defesa de causas próprias ou coletivas. Podemos supor que entre tantos soldados, haverá algum ou mais traidor ou desertor. A maioria não foge à luta e vence muitas batalhas tidas como perdidas. Evidente que escalar a montanha burocrática na direção dos recursos vitais, sem deixar de cometer pelo menos um erro, por menor que seja não é tarefa fácil e muitas vezes, impossível. É a “burrocracia” que grassa as melhores e mais necessárias boas intenções. Ratifico a minha opinião de que o Brasil, assim como Jacobina, não vive mais sem as suas ONG’s. Deve ao trabalho de muitas delas, significativa parcela do seu próprio desenvolvimento sócio-cultural. E não posso afirmar que aquela idéia que motivou a mim e a Jorge de criar a ONG Jacobina morreu. Talvez, fosse ela apenas uma semente, que um dia brotará em algum lugar e será regada por alguns, nesta terra querida por todos nós.

outubro 27, 2011

Enem põe decoreba no banco dos réus

Fiz o ENEM 2011, embora tenha concluído o Ensino Médio e até já fui aprovada em dois vestibulares, no início dos anos 80, chegando a cursar Comunicação Social na Facom/UFBA. Nada de cursinho preparatório nem de professor particular. Estudei e revisei os assuntos solitariamente, para participar do exame e tentar responder às provas. Com a cara e a coragem. Foram 180 questões no total, divididas em quatro provas, duas a cada dia: Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Linguagens e Códigos, Matemática, e suas respectivas Tecnologias, mais a prova de Redação. No geral, são questões cujos enunciados têm dupla função: ao mesmo tempo em que nos dão suporte para responder corretamente, informam também. Se você é um desses “Caxias” que gosta de ler, é rato de leitura, então, com certeza saiu do Enem mais informado do que entrou. Notei algo diferente nestas perguntas e seus enunciados: Biologia, Química e Física estavam de cara nova, mas seus temas eram familiares e muitos, conhecidíssimos, só que atualizados. São áreas do conhecimento que tiveram enormes avanços nos últimos anos e o Enem teve a pretensão de incorporar e cobrar do candidato parte destas conquistas científicas. Fiquei a pensar se o conteúdo programático dos currículos escolares estaria também atualizado, se os professores e educadores estariam devidamente preparados para ministrar estes conteúdos e se, finalmente, os estudantes, principalmente, os da rede pública, estariam aptos para recebê-los e assimilá-los. Não vou fazer juízo, para não subestimar ninguém. Estudei em escola pública, durante quase toda minha vida e sou da época em que estudar em escola pública era para os bons alunos. Eu me orgulhava de estudar numa “escola do governo”. Ao contrário de hoje, quem pagava os estudos, estava “comprando” o aprendizado e a formação, e não os adquirindo com seus próprios esforços. Voltando ao Enem, penso que se ainda não estiver acontecendo deve acontecer uma revolução no processo ensino-aprendizagem, na perspectiva das novas descobertas e tecnologias, incorporando o conhecimento dos fatos do passado com uma visão crítica e de futuro. O tão temido e esperado tema da redação, do meu ponto de vista, não foi tão fácil. Teve gente que publicou opinião no sentido contrário, afirmando ter sido “fácil e esperado”. Não concordo. “Viver em Rede no Século XXI: os Limites entre o Público e o Privado” é um tema-processo que estamos iniciando agora, ele é recente e complexo. Não temos ainda um salutar “afastamento” histórico, contextual para que possamos escrever a respeito dele, sem cair em contradições tão presentes em nosso dia. Por outro lado, o tema da redação me trouxe outra reflexão: qual a qualidade desta “vida em rede”? O que os jovens brasileiros buscam nas redes sociais? E o que encontram realmente? Nossas redes são reflexo ou não das nossas vidas e da nossa realidade? Temos a noção do que é difundido em prol do interesse público e em resposta a interesses privados? Boa sorte ENENÉNS, e até o SISU!

outubro 12, 2011

Informação: dever e direito social

É preciso combater certo tipo de “jornalismo” mau caráter que se deleita em difundir factóides, só para satisfazer a seus leitores (ou eleitores?) menos exigentes e seus ouvintes menos atentos. Informação é um Direito Social e não pode ser manipulada. O jornalista nasceu para “desagradar a gregos e troianos”, já dizia um amigo meu. Não é para cair num radicalismo anacrônico e infrutífero, mas para mostrar a vida como ela é: com suas qualidades e defeitos. Com suas contradições e paradoxos. Está escrito, com todas as letras que “o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros tem como base o direito fundamental do cidadão à informação, que abrange o seu direito de informar, de ser informado e de ter acesso à informação”. E que “a divulgação da informação precisa e correta é dever dos meios de comunicação e deve ser cumprida independentemente de sua natureza jurídica – se pública, estatal ou privada – e da linha política de seus proprietários e/ou diretores”. Louvado seja o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros! Sei que muita gente nunca nem ouviu falar, mas que existe, existe e se existe é para ser respeitado. Deve ser o nosso “mantra”, um tipo de oração que devemos fazer ao acordar, antes das refeições, antes de escrever ou falar algo, e ao dormir para, no dia seguinte, acordar em paz com Deus e com os homens. Sou eu não, é o Código que diz: “O compromisso fundamental do jornalista é com a verdade no relato dos fatos, razão pela qual ele deve pautar seu trabalho pela precisa apuração e pela sua correta divulgação”. Veja como é profunda a ideia do legislador quando coloca jornalismo e verdade no mesmo nível. Posso até ousar: jornalismo é verdade dos fatos. O resto é o que quiser, mas não é jornalismo. Vamos mais fundo na coerência da lei quando preconiza a “precisa apuração (dos fatos) e a correta divulgação (dos fatos)”. Penso que isto quer dizer que não podemos dissociar apuração precisa e exata, da divulgação correta e verdadeira. Recomendo a todos a leitura desta preciosidade que é o nosso Código de Ética (repito: NOSSO, de todos os cidadãos e cidadãs do Brasil) para ter uma visão do que realmente a lei considera jornalismo e repudiar o que é o anti ou pseudo jornalismo. Mas aos que abraçaram ou desejam abraçar esta profissão, recomendo a dedicação de duas horas diárias de suas vidas - vida de labor intenso e apressado - à silenciosa leitura deste que deve ser o nosso “norte”, o nosso código de conduta – conduta que ultrapassa as portas dos jornais e emissoras de rádio. Como recomenda nossa ética, é dever dos jornalistas “valorizar, honrar e dignificar a profissão”. Cuidado: é crime informar mal ou não informar a verdade dos fatos, pois a vítima pode ser você mesmo.

outubro 10, 2011

A luta continua companheira

Antes do discurso histórico da Presidenta Dilma Rousseff, na abertura da Assembleia Geral da ONU, do qual a mídia tupiniquim preferiu destacar o que ela declarou sobre as relações do Brasil com as grandes potências em crise e a defesa que fez pela liberdade e autonomia de todos os povos, inclusive, os palestinos, houve uma reunião igualmente histórica, mas que passou quase despercebida. Foi também na sede da ONU, em Nova Iorque, no dia 19 de setembro, que Dilma encontrou-se com a ex-presidente chilena, Michelle Bachelet, que hoje atua na ONU Mulheres (criada em 2010), com Hillary Clinton, titular de secretaria de Estado - cargo estratégico para o governo de Obama, e com Catherine Ashton, Alta Representante de Política Externa da União Europeia (UE). Os principais assuntos entre elas foram a participação política das mulheres e a igualdade de gênero. São as mulheres, segundo a presidenta brasileira, quem mais sofrem com a pobreza extrema, o analfabetismo, os sistemas de saúde deficitários, conflitos e violência sexual. Salários menores pela mesma atividade profissional e presença reduzida nas principais instâncias de decisão. Entendo que quanto maior for a nossa participação política, maior será a representatividade, resultando em lutas e conquistas e, finalmente, em maior igualdade. Acredito que um mundo mais justo passa, portanto, pela igualdade de direitos e oportunidades entre homens e mulheres. Numericamente, somos mais da metade da população mundial. No Brasil, na Bahia e em Jacobina, também é assim. Quantitativa e qualitativamente. Os países com maior igualdade de gênero são mais ricos, têm um Produto Interno Bruto per capita (por pessoa) mais alto, afirmou Michelle. A liderança das mulheres empresárias apresenta melhor desempenho. Catherine comemora as conquistas, mas ressaltou que ainda “nos resta um longo caminho pela frente”. Na declaração conjunta, Dilma, Michelle, Hillary e Catherine afirmaram que a participação política das mulheres é fundamental para a democracia e essencial para se obter a paz e o desenvolvimento sustentável. A luta continua sendo a melhor companheira. (Texto: Cidinha do Ó / Fonte: Terra Notícias)

setembro 28, 2011

Varre, Varre, Vassourinha!

Fiquei, mais uma vez impressionada, com o protesto da ONG Rio de Paz que, desta vez, “atacou” a opinião pública de vassouras, em Brasília. Quem é o inimigo número um da sujeira? A vassoura! As 594 vassouras verde-amarelas fincadas na Esplanada dos Ministérios servem, num primeiro momento, para alertar os porcalhões que lá se encontram alojados: limpem tudo, senão terão que procurar outro lugar pra ficar! O intrigante desta manifestação (a ONG já fez outros de arrepiar) é que ela é essencialmente pacífica, mas não é nada passiva. A vassoura, para varrer, tem que ser acionada, ela não faz nada independente, você tem que arrastá-la pra lá e pra cá, e assim, juntar a sujeira. Ou esfregar, com força, aquela mais profunda, que só sai com água e sabão. Sim, dá trabalho, canseira varrer, esfregar, mas, o resultado é reconfortante: a casa limpa, ar fresco, renovado, ambiente refeito. É a sensação de que algo muito ruim foi destruído, foi vencido. O que não presta mais tem que ser jogado fora. E o povo brasileiro não quer mais a corrupção. O povo brasileiro já está cansado de tanta sujeira. Eu estou cansada, você está também, apenas não sabemos, às vezes, como reagir, como transformar indignação em ação. Temos dificuldade em pegar a vassoura e sair varrendo, esfregando. Não temos ideia do nosso potencial, não acreditamos, é bem verdade, no nosso potencial e não aprendemos a dizer “Não”. Você já pegou uma vassoura e varreu o teu quarto hoje, ou a sala de estar, ou o jardim? Já varreu o quintal da tua casa? A praça ou a rua, nem pensar - isto é função do gari – que varre o lixo que eu, você, todos nós deixamos “debaixo” do nosso tapete, para a coleta ou jogamos das janelas dos nossos carros, nas praças e nas ruas. O lixo é nosso! A sujeira que a corrupção espalha pelos corredores da vida do povo brasileiro é avassaladora, corrói nossa esperança, empoeira nossos sonhos, aniquila nossa força. Ficamos sem força até pra varrer, afinal, varrer pra quê? A corrupção existe porque há corruptos e corruptores. Para uns, uma varridinha já resolve. Para outros, temos que arregaçar as mangas, jogar água sanitária e sabão, e esfregar, esfregar com vontade e com fé em Deus, que um dia a gente há de vencê-los, nem que seja pelo cansaço. Porque vassouras? “É um símbolo universal. Não tem a mínima relação com o passado reacionário, anti-democrático. É uma vassoura de um novo Brasil, uma linguagem que o pobre entende”, explica o presidente da ONG Antonio Carlos Costa. É isso.

setembro 23, 2011

Formação de Novas Lideranças Políticas

O Diretório Municipal do Partido Comunista do Brasil comunica aos filiados e simpatizantes de Jacobina e demais municípios do Piemonte da Chapada, que estará realizando o II Curso de Formação Política, no próximo domingo, 25 de setembro de 2011, no auditório do Campus IV da Universidade do Estado da Bahia, em Jacobina, das 8 às 17 horas, com intervalo para o almoço. O instrutor do curso será o jacobinense José Barberino, membro da Secretaria de Organização do PCdoB Estadual. O presidente do diretório, Francisco Carlos de Oliveira convoca a presença de todos os membros e filiados, destacando que o curso será uma oportunidade para fortalecer e formar novas lideranças políticas. Outro enfoque deste curso será a prática de uma militância responsável e comprometida com os princípios partidários comunistas. Nesta ocasião, os interessados em ingressar nas fileiras de lutas e conquistas do PCdoB poderão se dirigir a qualquer membro do comitê municipal para o encaminhamento de sua ficha de filiação. O PCdoB realizou, na Câmara de Vereadores de Jacobina, no último dia 28 de agosto, a 5ª Conferência Municipal, com a presença dos deputados do PCdoB, Daniel Almeida (Federal) e Álvaro Gomes (Estadual), entre outros, para eleger e empossar os 23 membros do Diretório Municipal – Biênio 2012/2013 e lançar a pré-candidatura do empresário José Amin Hassan, que concorrerá ao cargo de prefeito, nas Eleições de 2012. Pela primeira vez, o partido disputará a eleição majoritária apresentando à população um candidato próprio, além das candidaturas à eleição proporcional. O diretório também já elegeu a delegação que irá participar da Conferência Estadual do PCdoB – Bahia, no mês de novembro, em Salvador. Segundo o texto-base para este debate, “para alcançar a vitória em 2012, os comunistas necessitam de compreensão aguçada da realidade e capacidade de integrar a batalha eleitoral ao conjunto das lutas políticas, sociais e ideológicas em curso”. Também no próximo ano, o PCdoB completará 90 anos de fundação no Brasil. É um partido estrategicamente aliado à base do Governador Jaques Wagner, na Bahia e da Presidenta Dilma Rousseff, no Governo Federal.

setembro 12, 2011

O que era vidro se quebrou...

Milhões de pobres do mundo inteiro podem dizer sem nenhum sentimento de culpa que ignorava a existência das Torres Gêmeas norte-americanas, até aquele fatídico 11 de setembro de 2001. Eu me incluo nesta massa de indivíduos. Gente que viu alguma imagem dos prédios, mas de forma fictícia: numa página de revista ou num filme. Não dá pra imaginar um arranha-céu com 110 andares! Qual foi o prédio mais alto que você já entrou? Cinco, 10, 15 andares? Não eram apenas as duas torres verticalmente quilométricas, mas um complexo de edificações na horizontal. Sete prédios. Todos foram demolidos. Um novo World Trade Center será reconstruído. O mundo não acabou. O número comprovado de mortos em conseqüência dos atentados foi de 2.752 - uma lista extensa, mas não tão extensa que não pudessem ser lidos um a um os nomes de cada vítima. Pequena se comparada ao número de pessoas que, em dias normais, trabalhavam ou visitavam as torres, de 50 e 200 mil, respectivamente, segundo estimativas, também oficiais. Sim, não há dúvida: havia muita gente, muitas vidas andavam pra cima e para baixo, por entre os corredores colossais dos prédios, naquele dia. Quantas não fazem parte das estatísticas? Quantas vítimas do anonimato viraram pó? Era uma terça-feira e me lembro que eu “brigava” com o computador, tentando acessar a internet - verdade, a net era ainda mais precária que hoje-, quando vi em tempo “real” uma das torres pegando fogo, através de uma pequena imagem num site de notícias, logo pensei: é claro que isto não está acontecendo de verdade. É um truque. Ah! Estes caras que trabalham na rede são mesmo sensacionais! Como eles conseguem fazer algo tão absurdo parecer realidade? Ou seria mais um filme hollywoodiano e suas cenas de ataques alienígenas? Depois, corri para a TV para constatar que me enganara: os telejornais estavam em estado de choque. Sim, algo muito grave acontecia nos EUA. Há 10 anos, o mundo vive um grande conflito, a chamada “guerra contra o terrorismo”, confrontando imperialistas e fundamentalistas. Tudo é colossal quando paradigmas tão extremos e antagônicos se deparam. Foi assim, nos atentados de 11 de Setembro. Tudo foi espetacular e elementar ao mesmo tempo. Espetacular no tamanho das construções e da população que por entre seus corredores trabalhava ou se divertia; espetacular pelo significado da simples existência das torres, pelas projeções, expectativas e sonhos que elas criavam nas mentes ocidentais. O consumo elevado à potência máxima. Espetacular até na forma da desconstrução. Um espetáculo de horror, demonstração da insensatez de ambas as partes, e da comprovação, diria até da consolidação de uma espécie de crueldade humana que, no seu mais alto grau de estupidez acredita que tem o poder de provocar mudanças com o uso de bombas - mas ainda assim, um espetáculo. Todos assistem, lamentam e se indignam. É também elementar,pela contradição que carrega: tudo é tão perecível! Por maior e mais belo que seja.

setembro 06, 2011

Antes do 11 de Setembro...

Feriado Nacional e ainda da Independência, pegando a gente de surpresa, em plena quarta-feira, só dá vontade de voltar ao passado! É irresistível! Rapidinho, corri para o arquivo de fotos da família e lá estava eu, em 1980, desfilando no Dia 7 de Setembro, em Jacobina, com o uniforme do CEDBC. Recordo-me que, naqueles anos, o sentimento patriótico batia forte junto com as batidas fortes do coração. No ritmo da marcha, ensaiada, às vezes, há meses, calça, sapato, camisa, luvas, até boina, era tudo impecável! Eu juro por Deus, não dormia direito, na véspera, ansiosa. Sair às ruas de Jacobina, com o “escudo” do colégio estampado ao peito era a glória! O Grito do Ipiranga, às margens plácidas do Rio do Ouro! Não é ironia, não. Acredite! Era essa a emoção que levávamos, sem vergonha nenhuma, para o desfile, tão esperado desfile do Sete de Setembro – talvez o mais importante acontecimento do ano para nós estudantes, porque reunia e rivalizava (no bom sentido) as escolas, colégios, universitários, as fanfarras, o desfile “militar” dos atiradores. Cada qual desejava apresentar o melhor de si. Que saudade dos velhos, puros e bons tempos! Depois vou lembrar o 11 de setembro, querido e paciente leitor, primeiro vem o nosso 7 de Setembro, ora bolas!

setembro 02, 2011

Tadinho do Pedestre

A questão é acesso inclusivo aos centros comerciais de Jacobina. Carros ocupam espaços que poderiam servir aos pedestres que, para completar, também disputam o chão com os motociclistas. Quem anda a pé em alguns trechos da Feira Livre, a partir das quintas-feiras, particularmente, sobre as poucas e apertadas calçadas ao derredor do Centro de Abastecimento, ou precisa atravessar as diversas e largas ruas que interligam a área coberta externa deste, precisa estar atento: corre o risco de ser atropelado ou de atropelar-se numa motocicleta. Nas dependências do centro, não há motocicletas, mas é difícil, muitas vezes, a livre circulação por entre as bancas, cujos acessos também são estreitos. Vida complicada de quem precisa trabalhar neste local! Reporto-me igualmente ao “calçadão” que, pela sua importância, deu nome a toda aquela área. Minha opinião é a de que o Calçadão ficou pequeno. Os projetos de expansão da área não decolaram, o de zoneamento de estacionamentos não funcionou. E a Praça Rio Branco está pior do que estava. Para ir às compras ali, utilizar os serviços concentrados naquela área exige um exercício prévio que inclua muita vontade ou necessidade, e um “kit de sobrevivência”: sapatos baixos, boné ou guarda-sol, água (já que não há bebedouros) e, sobretudo, atenção. Quer se aborrecer? Vá pra lá de carro! Veja a que ponto se chegou: em cima, em baixo, ao lado da Rio Branco tem carros estacionados. Sentido Missões, ao longo da Manoel Novais, tem carros estacionados. Sentido Matriz, na Senador Pedro Lago, tem carros estacionados. Sambódromo? Tem. Fórum? Tem. No Mercado Velho? Também tem. Orlando Oliveira Pires em diante, até o final: só carro estacionado. Carros e motocicletas. Nem se pode dizer que a vida é boa pros motoristas. Só lamentar: ‘tadinho do pedestre de Jacobina.

agosto 29, 2011

O Parthenon de Jacobina

O Plenário da Câmara Municipal de Vereadores foi o palco da 5ª Conferência do PCdoB de Jacobina, neste domingo (28/08). Ressalto que a oportunidade serviu, também, para visitar este prédio, o da Câmara, que virou ícone de beleza e ostentação da cidade, segundo alguns, inspirado na arquitetura grega. “A arquitetura grega tem no templo sua expressão maior e na coluna sua peculiaridade” (Wikipédia). As ruínas do Parthenon, templo dedicado à deusa grega Atena e construído antes de Cristo, ainda hoje é um dos mais visitados do mundo. Na mitologia grega, Atena era a deusa da guerra, da civilização, da sabedoria, da estratégia, das artes, da justiça e da habilidade. Outra curiosidade, no que diz respeito ao templo parlamentar local, é a de que muitos participantes desta conferência, nunca antes estiveram ali. Durante a conferência, o PCdoB iniciou um movimento de vanguarda na política local, ao lançar a pré-candidatura de um dos seus filiados para concorrer à eleição para prefeito de Jacobina, em 2012. Da tribuna do nosso templo parlamentar, novas e velhas lideranças políticas, mesmo algumas que não pertencem aos quadros do PCdoB, puderam expressar suas expectativas, a respeito deste ato político-partidário - que eu considero, no mínimo, ousado. Presenças expressivas, como as dos deputados Daniel Almeida (Federal) e Álvaro Gomes (Estadual), entre outras, vieram ratificar o apoio do Partido à iniciativa local e reavivar o espírito de militância, que estava meio caidinho nestes últimos tempos. É através da militância responsável e do debate sério que Jacobina poderá construir e realizar uma transição democrática, transparente e sem baixarias. Cá entre nós, você conhece a nova Câmara Municipal? Vejo com bons olhos, a possibilidade de abrir as portas do nosso templo à visitação pública, especialmente (mas não unicamente), em anos eleitorais. Uma agenda, preestabelecendo datas e horários mais adequados, poderia evitar embaraços – como o de não encontrar os anfitriões, os vereadores, no local. Seria necessária também uma preocupação extra para que o patrimônio não sofresse nenhuma depredação. Acredito que a Guarda Municipal tenha quadro treinado para esta tarefa. O Parthenon de Jacobina é show!

agosto 26, 2011

Na Trilha do Emprego

Talvez você não tenha tempo disponível ou interesse, mas conheça alguém que possua estes dois pré-requisitos. Alguém que esteja precisando de uma formação, para trilhar uma carreira, mas ainda não teve a oportunidade. Quem não conhece aquela pessoa que começou humildemente a prestar um serviço e logo se tornou um profissional requisitado? Sou da turma que acredita no potencial e no sucesso dos pequenos empreendimentos, daqueles protagonizados por uma grande massa de trabalhadores e trabalhadoras que começam “de baixo”, muitas vezes sem a ajuda de ninguém, sem os recursos adequados para desempenhar aquela função, mas que, com força de vontade, dedicação e perseverança ganharam a vida fazendo o que aprenderam a fazer. Então, o recado é o seguinte: fiquei sabendo que até o dia 02 de setembro de 2011, no SAC/Jacobina, estarão abertas as inscrições gratuitas, para três cursos de qualificação profissional: Eletricista Industrial, Carpinteiro e Atendente de Farmácia. As vagas são limitadas. Para participar, o candidato e a candidata precisam atender a alguns outros requisitos: ter idades entre 16 e 29 anos, cujas famílias sejam cadastradas no Bolsa Família, bem como, que estejam matriculados(as) na rede pública de ensino. Têm que estar freqüentando regularmente o ensino médio ou curso EJA médio ou concluinte do ensino médio. Mais informações sobre o Trilha, acessando o site www.setre.ba.gov.br. O Sindicato dos Comerciários de Jacobina também pode esclarecer alguma dúvida. E você sabe que o SAC/Jacobina tem um horário específico de funcionamento. Se ligue nesta dica e boa sorte!

agosto 23, 2011

O QUE NÃO QUER CALAR

Acabei de ver o convite da I CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA MULHERES DE JACOBINA, que poderá ser um mero evento para dar cumprimento aos trâmites legais que exigem dos órgãos responsáveis a realização desta conferência aqui, como em alguns outros municípios brasileiros, como poderá se transformar também num evento relevante, a depender da programação, dos temas propostos e dos debatedores, resultando numa maior ou menor participação das principais interessadas, ou seja, nós mulheres. Se bem direcionada e coordenada, com a competência e a eficiência exigidas para um acontecimento deste porte, a conferência poderá sim marcar o início de uma mudança positiva na vida das famílias do nosso município. Se oferecer um ambiente propício ao debate sério, aberto e objetivo, sim, a conferência terá sucesso. Agora, se estiver eivada de subterfúgios, politicagem, desinteresse, omissão ou desrespeito à luta pelos nossos direitos e garantias, a conferência representará mais um fracasso. Fracasso de conseqüências irreparáveis. O evento é uma boa oportunidade para ouvir a voz da mulher jacobinense, ouvir o que o silêncio esconde e o que não quer calar.

agosto 04, 2011

Meus Parabéns!

Quando eu era criança, queria logo que chegassem os meus dez anos de idade - a idade mágica. Por volta dos 10 anos, imaginava como seria incrível a vida de uma garota de 15 anos – a idade dos sonhos, e depois a conquista da maioridade, com 18 anos – a idade das descobertas. Caminhei até os 20 anos – a idade dos conflitos, entre desejos satisfeitos e decepções vividas e galguei os 30 anos de idade. Queria ser uma mãe dedicada, uma profissional perseverante e ética, mulher compreensiva e amável, uma amiga fiel. Hoje, aos 40, quero preservar a magia dos meus primeiros anos de infância, realizando os sonhos da adolescência e descobrindo o novo, todos os dias. Entender e superar os conflitos, já que é parte da minha vida. Ao apagar das 40 velinhas, o sopro da esperança de permanecer sempre ao lado da minha família, meus amados pais, filhos, irmãs, sobrinhos. Grata, Senhor, pela vida abençoada que desfruto. Vou me preparar para os 50 anos, reconciliando-me com o passado e vivenciando profundamente o tempo presente. Olhando para o futuro como se o futuro acabasse de nascer. Agora, nos meus braços.

julho 25, 2011

28 de Julho: Dia de Amor, Agradecimento e Alegria

Gostei tanto que resolvi publicá-las. As três palavras em destaque estão no convite da Prefeitura Municipal para as comemorações do 131º Aniversário de Jacobina. Amor sim, pois sem amor em tudo, não somos nada. Gratidão, virtude que tem vida própria. Alegria é o brilho, a luz que ilumina o amor e a gratidão. Será um dia interessante, de acordo com a programação divulgada, cheio de musicalidade e religiosidade, que começará com a apresentação da Banda Marcial do Exército Brasileiro e Filarmônica Dois de Janeiro, durante o hasteamento da Bandeira Nacional – no canteiro principal da saída da cidade (sentido Salvador); Missa de Ação de Graças, na Igreja da Missão; Exposição de Fotografias, no Centro Cultural; Inauguração da Sala de Cinema Cine Payayá, na Concha Acústica; e terminará com a apresentação do famosíssimo cantor gospel André Valadão, na Rua Senador Pedro Lago. Fina, elegante e sincera. Vale a pena conferir e prestigiar, afinal é a nossa cidade que está em festa!

junho 28, 2011

Feriado de São João em Jacobina

Foi uma novidade este ano ter sido decretado feriado em Jacobina o 24 de junho - Dia de São João. Não foi por acaso, mas sim, devido à aprovação de um projeto de lei, na Câmara de Vereadores, cujos autores, Milton Sena e Carlinhos Mota, argumentaram, entre outras coisas, o quanto era inconveniente e arriscado o funcionamento das agências bancárias no Dia de São João: “O dia 24 de junho é feriado em todo o Nordeste, mas por falta de legislação municipal os bancos abrem normalmente em nossa cidade, trazendo assim, transtornos e riscos à sociedade, uma vez que o contingente policial se desloca para as regiões onde acontecem os festejos juninos, ficando as agências bancárias e os transeuntes vulneráveis, isso facilita ações de marginais para possíveis assaltos”. Fechando os bancos, não tem muito sentido abrir o comércio lojista. Tanto que só houve atendimento na feira livre de Jacobina. Foi meio confuso, este primeiro ano de aplicação da lei municipal, porque o feriado nacional de Corpus Christi caiu na véspera. Mas, valeu muito a iniciativa dos vereadores e a sensatez da Câmara em aprová-lo. Penso que isto poderia ser um ponto de partida para o velho e bom debate sobre a institucionalização ou não da comemoração desta data, inserindo, definitivamente, o São João no calendário festivo de Jacobina. Para ser mais objetiva, tenho uma pergunta que não quer calar: por que a cidade não promove o seu próprio São João?

junho 01, 2011

Considerações sobre a amizade

Muitos a ignoram, outros são indiferentes. Há os que independem dela e até os que a suportam, por simples hábito. Necessidade, costume ou devoção, o fato é que se revelam inúmeras as virtudes e indefinidos os defeitos da AMIZADE. Talvez, um dos maiores dilemas da humanidade seja este, o de dar à amizade o valor adequado e justo, e aos amigos a medida certa de afeto e desapego. Existem as contradições, as diferenças, as incongruências nas amizades. Tem os prazeres e os desprazeres de ser e de não ser amigo de tal pessoa. Amizades fortes o bastante para superar os obstáculos e as dificuldades. E as que se desfazem, na primeira decepção. O que dizer ao amigo presente, solícito e solidário? O óbvio: que ele é indispensável na sua vida. O que fazer para com o amigo inescrupuloso, desonesto, desleal ou infiel? Ignorar, ser indiferente ou simplesmente suportar? Acordei pensando nestas coisas hoje, em consideração aos que guardo como amigos. Consideração é a palavra-chave que pode decifrar o enigmático sentimento. Assim, podemos fazer tudo o que quisermos, desde que considerada a importância da amizade; e não fazer milhares de coisas, em consideração aos amigos.

maio 19, 2011

Vossa Majestade, a Micareta!

Declaro-me, abertamente, favorável à realização da Micareta de Jacobina, e lamento muito quando os festejos são suspensos. Em alguns momentos da nossa história, por motivos justos ou injustos, esta festa não aconteceu (não sem ônus para a cidade). É verdade também que, de tempos para cá, a promoção e a organização do evento, tornou-se uma das medidas de avaliação que a população faz da atuação, sobretudo, da administração municipal. A festa se transformou menos numa livre manifestação cultural e artística, resultante da vontade popular - um sinônimo da espontaneidade e da descontração; para representar, desde então, uma questão político-financeira e de gestão de recursos. Nenhuma administração pública deve ser avaliada tão-somente pelo que fez ou deixou de fazer, durante estes festejos, pois há setores fundamentais para a vida dos cidadãos (que já deram provas de sobrevivência sem a micareta). No entanto, difícil é evitar as eventuais críticas, reclamações e descontentamentos (quem tem o poder de agradar a todos?). O que está em jogo é a manutenção ou não de uma tradição. E como manter esta tradição. Ou apagá-la da memória. Se ainda há dúvida sobre a preservação e a continuidade destes festejos, pode ser por falta de um aprofundamento do debate sobre a importância das festas populares (incluindo os festejos juninos, natalinos, cívicos, militares, entre outros) no cotidiano e na história do seu povo. Eu bem poderia listar acertos e erros anotados pelos “críticos de plantão” sobre a Micareta 2011. Gente que não está “nem aí” para a análise das questões políticas e econômicas do município, chegou a afirmar que o maior bloco da avenida foi o “cordão dos puxa-sacos”. Teve quem dissesse que a mistura de temas de grande relevância (como o da preservação ambiental) com o rebolation (a preservação do rebolado) pode confundir a cabeça da galera mais jovem (que não está “nem aí” pra revolution). A revolução sócio-cultural exigida para a formação de uma mentalidade ecologicamente correta, jamais se estabelecerá junto ao consumismo e ao egocentrismo – tão presentes nos carnavais. Luxo não convive com o lixo. Sendo ou deixando de ser um parâmetro, um critério para avaliar a transparência, a lisura, a competência, o trabalho em equipe da administração municipal, o fato é que a Micareta ainda é (e espero que não deixe de ser) a “rainha das festas de Jacobina”, e como tal, devem seus súditos reverenciá-la, adorá-la e defendê-la, custe o que custar, doa a quem doer.

maio 08, 2011

Hoje é Dia das Mães

Hoje quero dizer algo sobre “ser mãe”, tendo em vista a data comemorativa e o fato de ser mãe, embora tratar-se, para mim, de um profundo dilema: afinal, o que é ser mãe? Um pouco da minha biografia: fui mãe, pela segunda vez, num intervalo de tempo de 16 anos (meu filho tem 19 anos de idade) e sou apaixonada também pela mais nova (de apenas três anos de idade). Não apenas – o que já é demais – pela diferença de idades um do outro (e dos três), mas, sobretudo, pelas diferenças de mundos, de cabeças, corações e expectativas, confesso: não tem sido fácil criá-los, educá-los, estabelecer limites e liberdades nas nossas vidas. Creio que a recíproca é verdadeira para eles. Tem a falta de grana pra cumprir o rosário de “necessidades” da vida em sociedade. Tem o excesso de medo de não estar suprindo todas as necessidades desta vida em sociedade. Falta grana e sobra medo. Ser mãe é ter medo? É viver num estado de choque, sobressaltada, devido às adversidades, perigos e preconceitos? Sabe, quando lido com as diferenças deles, quando percebo as dificuldades deles e sorrio com suas conquistas, aprendizado e crescimento, tenho menos medo, porém fico ainda mais perdida sem saber o que é ser mãe. Parece piegas, mas, aqui estou diante de todos, tentando definir o que é ser mãe. Fatalidade? Destino? Castigo? Bênção? Porque a entrega, a doação, o sacrifício pelos filhos? Porque todas as preces para eles? Porque o amor incondicional? Porque ser mãe? Potência, desatino, sofrimento. Uma graça, uma cor, um toque, uma gargalhada. Noites de sono, noites de insônia. Dias compridos, claros, honestos. Preocupação, exagero, certeza. Prazer. Intuição. Uma magia esta a de ser mãe.

abril 12, 2011

Globalização do terror?

Incontestável prova de covardia e crueldade humana, a matança, na própria sala de aula dos indefesos estudantes, no Realengo (RJ). Mais uma notícia lamentável exportada pelo Brasil para o mundo. E um fato também importado de outros países, afinal tem se tornado cada vez mais comum este quilate de ataque violento a instituições públicas e privadas, propagando a prática funesta de crimes em série. Não basta matar um, é preciso matar aos punhados, com estilo e requinte de crueldades (existe afinal o ato de matar sem requinte de crueldades?). Sim, os assassinos têm motivação, embora absurdas e obscuras. Há os que se revelam e os que ainda não se revelaram, sanguinários. Há muitos que estão “se preparando” para o ato brutal, planejando hora, lugar, quem serão as vítimas de suas investidas horrendas, programando o terror contra a paz e a vida. Atenção: o algoz é alguém insuspeito! A vítima, qualquer um de nós! Hora, o lugar, não há como prever! É possível PREVENIR. Carregamos, desde crianças, o hábito inconveniente (inadequado para os nossos dias) de pensar que “estas coisas” não acontecem no Brasil. Nosso país é abençoado por deus, e bonito por natureza. Somos uma terra inatingível pelas catástrofes naturais e um povo, pelas catástrofes sociais. Ledo engano. O terror também foi globalizado. O tsunami que abateu o Japão atingiu o bairro da Liberdade, em São Paulo, e a economia mundial foi abalada na base. O terror e o tsunami são faces de uma mesma moeda: os efeitos de uma política civilizatória que necessita urgentemente de ser revista, revisada, reinventada, sob pena de fazer sucumbir a todos nós.

março 18, 2011

Som sim, barulho não: um programa interessante

Uma das primeiras boas impressões que tive da vida urbana do Recife foi a "guerra" contra a POLUIÇÃO SONORA, promovida por diversas autoridades públicas, a despeito da força que os "poluidores" demonstram possuir. Um ato de coragem! A poluição sonora se agravou, com os "cultos religiosos", barulhentos, localizados, em geral, em bairros populosos; com a abertura desenfreada de bares (ah, os bares!) que funcionam lá pelas tantas horas da noite (e às vezes, do dia também); com aqueles vizinhos animadíssimos, que curtem um sonzinho nas alturas, sem se importarem com os ouvidos sensíveis de crianças e idosos, ou mesmo de trabalhadores cansados que só desejam um pouco de silêncio no final de um dia cansativo de trabalho; com o barulho ensurdecedor dos motores de motos e automóveis; e outros fenômenos recheados de "decibéis" grotescos, inventados para roubar nosso sagrado silêncio de cada dia. Embora gritantes (literalmente)nenhum destes "fenômenos sonoros" se comparam aos chamados "sons de mala", aqueles dos automóveis que espalham poluição sonora por onde quer que passam. PROIBIDO SOM DE MALA - eis a brilhante idéia de um certo proprietário de bar, desses que entendem que a vida sem esses "malas" é bem mais saudável! Conheça melhor a iniciativa contra a poluição sonora em Pernambuco no site www.somsimbarulhonao.com.br. Registrei!

março 14, 2011

FATOS E COMENTÁRIOS

Após alguns meses passados no Recife, pretendo fazer, a partir de hoje, uma espécie de "anotação de viagem", relatando fatos e tecendo comentários. Seguindo um pouco a lógica da minha última postagem, sobre a eleição da presidenta Dilma, faço questão de ratificar a grande importância da vitória nas urnas e o enorme significado de uma representante mulher galgar o degrau mais alto do poder público e político do Brasil. Lamento que a grande imprensa (seguida cegamente pelos pequenos)esteja subtraindo da nossa história e da nossa sociedade, a verdade: a grande missão de Dilma é a de promover profundas mudanças estruturais, sociais e morais no País, dando continuidade ao que fez o ex-presidente Lula. Sabe-se, no entanto, que parte da nossa sociedade ainda se mantém alheia ou subalterna aos grandes interesses. É preciso lembrar que não se pode permanecer indiferente às necessidades das pessoas, olhos vendados ao ambiente em que vivemos e surdos aos nossos projetos de vida. De volta à Jacobina, gostaria de discutir a relação município X vida da gente, (ou coisa parecida)combinado? Leia-me, comente-me, recomende-me. Forte abraço