outubro 19, 2010

ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS

BN - Dilma Rousseff era a pessoa mais preparada [da esquerda] para assumir a Presidência da República? AP - A natureza feminina da Dilma é mais uma quebra de preconceito no país. Elegemos um operário e agora estamos nos propondo a eleger uma mulher, em um país em que a República foi proclamada por marechais. Dirigida várias vezes por generais. Nós, mulheres, tivemos a cidadania retardada. Somente em 1932 tivemos direito a votar, e agora uma mulher pode ser eleita. Somente isso já é um grande feito. Nas outras agremiações teríamos outros grandes nomes? Teríamos. E esse foi o grande debate, porque o Lula disse “olha, o PT tem diversos nomes”. Tem Marta e Eduardo Suplicy, tem Mercadante. O PCdoB tem Aldo Rebelo. O PSB tem Ciro Gomes. Se cada um lançar o seu, o projeto está derrotado. Então, disse Lula, eu apresento o nome da ministra que, enquanto eu buscava divisas, negócios e popularidade, segurou o governo. Que já governa. Apresentou a Dilma como sua principal ministra, sua principal executiva. A Dilma não é uma palanqueira. Não mimetiza as multidões, não obstante esteja aprendendo rápido. Mas ela é a garantidora da manutenção do projeto e esse foi o acordo entre todos os partidos. Portanto, é isso que nos une. Ela é a representante da manutenção de um projeto que nós conseguimos afirmar em oito anos. Leia a íntegra desta entrevista: http://www.pcdob.org.br/noticia.php?id_noticia=139510&id_secao=3

outubro 11, 2010

NÃO SOU PT, NEM PSDB. SOU MULHER

As eleições podem não representar coisa alguma pra várias pessoas. Tem gente que detesta votar, tem outras que não gostam de política, outras ainda detestam os políticos.Não me devoto aos radicalismos ou aos extremos, procuro analisar. Lembro-me do tempo em que apresentava o programa Projeto Especial, na rádio Jacobina FM, quando meus colegas ironizavam o meu comportamento diante de uma proposta: "analise e depois responda", diziam em tom jocozo. É verdade. Tenho o hábito de ANALISAR,ou seja, gosto de PENSAR a questão, por menor que seja. Então, observei que por mais chata que seja a conversa sobre política, não dá pra escapar dela. Até porque, quase tudo em nosso cotidiano tem alguma dependência, alguma relação com a política. E, particularmente, neste momento político, o Brasil tem um grande desafio que é eleger uma mulher para presidente da República. Não tem nada a ver com partidos políticos ou com padrinhos políticos. Tem a ver com a cultura, com a educação, com a nova situação da mulher na sociedade brasileira. Eleger uma mulher para ocupar com dignidade e competência o cargo público mais alto da nossa hierarquia política é uma questão de inteligência. Inteligência!