"Se você não quer ser esquecido quando morrer, escreva coisas que vale a pena ler ou faça coisas que vale a pena escrever".
dezembro 01, 2013
junho 20, 2013
Um Pouco de História da Televisão...
“A televisão se transforma no grande veículo da comunicação de massa, chegando a meados da década de 70 com 13 milhões de receptores espalhados pelo país, e atingindo, com seus programas e comerciais, cerca de 70 milhões de telespectadores. A propaganda se consolida e ganha novos espaços. Assim, se em 1957 a participação do investimento publicitário no PNB não ultrapassava 0,7% (90 milhões de dólares, em termos absolutos) e o mercado de trabalho não ia além de 10.000 pessoas no setor, em 1973 a revolução produzida pela propaganda já se faz notar: a participação no PNB é de 1,3% (726 milhões de dólares) e 40.000 pessoas vivem da nova profissão. As técnicas de marketing (pesquisa de mercado, planejamento dos produtos, embalagem, vendas, publicidade, avaliação das concorrências e otimização dos preços) se sofisticam. O apelo erótico torna-se o grande filão, na época da liberação dos costumes. Descobre-se o público jovem, importante “fatia” do mercado. A pesquisa estatística determina os veículos publicitários mais adequados para cada produto. E as grandes agências, como a J. Walter Thompson e a McCann-Erickson, que praticamente controlavam o mercado nos anos 60, poucos anos depois passam a ter novos e fortes concorrentes, como a MPM, Alcântara Machado, Salles/Interamericana, Norton, Denison, DPZ, e CBB&A.” (Subtítulo: “A televisão é a grande máquina de vender sonhos e produtos. E as leis do mercado se resumem numa palavra mágica: marketing” in 100 Anos de Propaganda 1960-1980)
abril 21, 2013
A Copa é do Povo
Acabei de ler artigo-texto do Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, inserido na publicação do deputado baiano Daniel Almeida (PCdoB): “Copa de 2014. Legados e Oportunidades para Todos os Brasileiros”. Sim, “vamos ter uma Copa do Mundo à altura da expectativa do mundo e do Brasil”, afirma Rebelo. Independentemente dos pessimistas de plantão, friso. Para os urubólogos da matemática, alguns números relaxantes: “O impacto direto da Copa do Mundo no PIB brasileiro é estimado em R$ 64,5 bilhões para o período 2010-2014”. Ainda na casa dos BILHÕES em infraestrutura (estádios, transporte, aeroportos, portos, telecomunicações, segurança, hotéis e instituições de saúde) mais de R$ 36,5. Construção civil, alimentos e bebidas, serviços prestados às empresas, serviços de utilidade publica (eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana) e serviços de informação: R$ 50,18. Renda para a população R$ 63,48. Geração de empregos diretos e indiretos: 3 milhões 630 mil. Anote estes números para contraditá-los na conversa de botequim, no seu final de semana. Diga-os antes dos primeiros goles, para que não duvidem de você. Para os detratores da suposta degradação ambiental, em conseqüência (dizem) das obras, o ministro tranquiliza: “É a primeira vez que todos os estádios têm certificado de construção sustentável. E a iniciativa brasileira será, segundo a FIFA, uma exigência para todas as arenas nas futuras sedes do Mundial”. Os turismólogos estão felizes da vida com a perspectiva do evento aumentar em 25% o turismo no Brasil. Estamos aguardando a visita de dois milhões de turistas estrangeiros, metade circulando nas cidades-sede dos jogos, injetando R$ 5,3 bilhões na economia, diz Rebelo. São 12 cidades-sede, a saber: Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife, Natal, Fortaleza, Manaus e Curitiba. Legado social da Copa para o Brasil: “pode fomentar um furacão desenvolvimentista, forjando obras, inovações tecnológicas, aperfeiçoamento de serviços, qualificação profissional e políticas sociais abrangentes”, avalia o ministro, a Copa “reúne inúmeros benefícios que extrapolam o efêmero mês dos jogos e se perpetuam como CONQUISTAS POPULARES”. É isso aí, ministro. A Copa do Mundo é nossa!
fevereiro 16, 2013
Minuto de Silêncio por Santa Maria
Um cheiro que não tinha cheiro, fumaça que não tinha cor. Como toda morte, sem dor. Gemidos sem eco, sorrisos em vão. Concreto, calado. Entradas sem saídas. Pode alguém entrar, para nunca mais sair? Um fogo sem ar. Suor, sem sangue. Vida pedindo passagem, para ir a lugar nenhum. Como todo infortúnio, estúpido. Recuo viçoso do tempo em flor de juventude. No começo, o fim. São corpos inertes a vagar assustados pela cidade. Carregam-se. Abraçados. Sem entender. Um vácuo tardio cheio de silêncio. Um soluço sem lágrima, a seco. Saudade, sem dimensão. Em que céu baila os filhos que morrem cedo, antes do dia amanhecer? Que não se fossem assim, sob as luzes da escuridão e do frio! Que batessem à porta da nossa casa, frenéticos e cansados, prontos para descansar. Quebrassem o silêncio da madrugada com suas risadas e fanfarrices, despertando-nos da insônia! Uma espera, sem esperança. Como mensurar a ausência de um coração que era nosso próprio coração fora de nós?
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