agosto 08, 2012

Candidata à reeleição frustra audiência e eleitores

Distinção importante entre o significado de duas palavras parecidas: DEBATE e EMBATE. São sinônimas da primeira palavra: “discussão, contestação, altercação” e da segunda palavra, “pancada, oposição, resistência”. DEBATER é discutir, disputar, contestar. EMBATER é colidir, esbarrar. Vou ter a ousadia de discorrer sobre a impressão que me causou a “não presença” da candidata à reeleição ao DEBATE proposto pela Jacobina FM, nesta terça-feira (07/08), a partir das considerações sobre as diferenças gramaticais entre duas palavras graficamente semelhantes. Penso que os “embates” ocorreram de maneira mais evidente em cada uma das entrevistas dos três candidatos, nos dias 21 e 28/07 e 04/08, respectivamente. O DEBATE proposto pela emissora recebeu dos candidatos naquelas ocasiões, não só a aprovação da iniciativa, como também a aceitação do convite para eles participarem do evento programado. Para alguns observadores atentos não foi surpresa a “não presença” da candidata à reeleição, já que (relembraram) o mesmo comportamento ocorrera em 2008. Para muitos, no entanto, o sentimento foi de grande frustração, sobretudo para os ouvintes da respeitada e histórica Jacobina FM, mas especialmente para os eleitores jacobinenses. É preciso entender que o eleitorado local está exercendo o seu direito inalienável de analisar cada um dos candidatos, no atual contexto político, antes de premeditar a escolha. Ainda não foi “batido o martelo” quanto à preferência de voto, a despeito de se espalhar pela cidade, o “mercado negro” da compra de votos que, supõe-se, vem sendo movimentado por determinado grupo político-econômico. Mas, o eleitor está mais atento, mais informado, mais consciente e, espera-se, não cairá nas armadilhas deste famigerado “leilão de consciências”. O eleitor quer “errar menos” ou “acertar mais” na escolha de seus candidatos, porque sabe que da sua escolha resultará o avanço, a estagnação ou o retrocesso do seu município. O eleitor tem o direito de conhecer o mais completamente possível os homens e mulheres que se candidatam aos cargos eletivos: a biografia, a formação, o temperamento, assim como seus projetos e ideologia. O passado de cada um. As contradições, os erros, os acertos. Aliás, é dessa análise, é deste “pensar” que será construído o voto consciente, este que “não tem preço”. Na era da Tecnologia ao alcance de todos e todas não se pode simplesmente desprezar a oportunidade de estar em contato, dialogando com o seu eleitor. Dada a importância do rádio na difusão de ideias e no processo de democratização da informação é inconcebível que um agente público (ou que almeje se tornar um agente público) possa prescindir de uma ferramenta de tamanho alcance e influência como o é o rádio para nossa cultura local. Os “embates” ocorreram com as apresentações, propostas e respostas que foram ao ar na íntegra (e ao vivo). Ao que me parece, não houve de nenhum dos entrevistados, quaisquer declaração que resultasse em insulto, calúnia, desrespeito, difamação ou ofensa em relação aos outros. Houve um “embate político” e não pessoal. Sentindo-se “caluniados, difamados, ofendidos” com declarações de seus concorrentes nas entrevistas individuais teriam os demais o “direito de resposta”? Quando? Em qual espaço? Penso que, se o fato tivesse havido, a melhor oportunidade que teriam para se “defender” de supostas acusações seria justamente no DEBATE, espaço reservado por lei para que candidatos, em pé de igualdade, possam expor seus sentimentos e desafetos, com direito a réplica e tréplica. Fugir ao DEBATE POLÍTICO não é uma atitude dos “mais fortes” e esta “tática” já está com seus dias contados!

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