"Se você não quer ser esquecido quando morrer, escreva coisas que vale a pena ler ou faça coisas que vale a pena escrever".
abril 29, 2012
Fragmentos II
Era só mais uma caricatura da vida real. Ela queria dizer mais, risonha, embora chorasse o desagrado. Havia intrínseca a máscara do tempo. Dois corpos das dunas rolavam, entregavam-se ao lúdico calor da areia, sem que isso bastasse. Ver, ao longe, constituía menos que vertigem ou labor do pensamento, sobretudo, um simples deleite. Quisera o reencontro, a utopia, a emoção, e não o sentimento. À exaustão, entregara-se, surpresa de ser. Continha-se, no entanto, avançava, lentamente. Quantas vezes ela aventurava, não cria, não sabia, não esperava. Perplexidade. Diante do indiscreto sinal do sol, que a tudo clareava de cores, a amplidão se calou, escapuliu, emergiu, assim, sem nem pedir licença. Calcular, não aprendera. Soletrar, ela soletrava. Fragmentava também. Bem assim era aquele dia, soletrado e feliz. Agradecera.
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